1 Eu, no meu homem natural,
Acho que tenho tal vigor;
Mas eu não sei, nem posso ver
Quão fraco sou.
2 Quando no mundo eu estou,
Não sinto minhas falhas más,
Mas me orgulho do que sou,
Ainda mais.
3 Quando em trevas, eu não sei
Como sou superficial,
Ainda acho que sou bom;
Que sonho mau!
4 Mas quando vou, Senhor, a Ti,
A Tua luz descobre-me,
Vejo o que eu nunca vi –
Meu ego enfim.
5 O Teu olhar penetra em mim,
A minha força some ali,
A autoestima deixo eu,
E prostro-me.
6 Quão cego o orgulho meu,
Que minha alma forte faz,
Que do escuro coração
Vem tão audaz.
7 O meu orgulho nada faz,
Lamentação, vergonha há,
E cada membro é incapaz:
Como orar?
8 A Tua vida livra-me,
Teu sangue salva-me, Senhor;
Mas tão imundo, pobre eu
Ainda sou.
9 Quero orar, não tenho fé;
Vem renovar meu coração,
Desejo ver-Te como és,
Tem compaixão!