1 Brota, brota, ó poço!
Vem, Senhor, cavar-me;
‘Té fluir Teu rio,
Vem desentulhar-me.
2 Da fendida Rocha
Verte água viva,
Mas de mim não jorra,
Pois está impedida.
3 Cavarei, orando,
Todo o entulho;
Liberando o Espír’to
Jorrarão as águas.
4 Não é mais preciso
Cristo ser fendido;
Mas cavar o poço
‘Inda necessito.
5 O que mais preciso
É o encher do Espír’to,
‘Té fluírem rios
Do meu ser contrito.
6 Cava até que nada
Barre o Espír’to,
‘Té que a fonte jorre
Água qual um rio.
7 Brota, brota, ó poço!
Vem, Senhor, cavar-me,
‘Té fluir Teu rio,
Vem desentulhar-me.