1 O Filho de Deus semeou
A Si qual grão em nosso ser;
Cumprindo o plano eternal,
Seu reino assim há de crescer.
2 Foi, pois, de trigo um só grão,
Que muitos grãos reproduziu:
Do reino, dignos filhos são –
Seu reino assim Deus produziu.
3 Porém o inimigo Seu
Também o joio semeou;
Aos filhos ele confundiu
E grande dano provocou.
4 Por essa obra tão sutil,
O joio ao trigo se mesclou;
Grotescamente anormal
O reino, em forma, se tornou.
5 O reino, qual mostarda é,
Pequena erva, de sabor;
Mas uma árvore se fez,
Sistema enorme se tornou;
6 E comestível já não é,
Mas ninho de aves celestiais;
Tornou-se uma habitação
De espíritos e homens maus.
7 O seu aspecto exterior
Expressa a religião,
Fermento que na massa entrou,
Contendo o que é vil, pagão.
8 É um sistema mundanal,
Na forma exterior mudou;
Se embebeu do que é mau,
De tanta corrupção, inchou.
9 Mas algo oculto busca Deus,
Qual “pérola”, “tesouro” é;
Em tais Deus nos transformará,
E vai Seu reino expresso ser.
10 Oculto isso hoje está
Da cristandade, religião;
Mas realidade plena é
Por Deus ter tal transformação.
11 Do “joio” aparta-nos, Senhor,
Separa-nos da “árv’re” vil,
Nos purga do “fermento”, então
Seremos puros para Ti.
12 Vem nossa alma transformar,
Preciosas pedras nos fazer,
Pra Tua casa edificar,
Do reino, a realidade ter.