1 Que amável Tua habitação!
Nos átrios Teus anseio estar;
Tua presença anelo ter,
Por ela clamo sem cessar.
2 Como o pardal achou um lar,
E a andorinha, o ninho seu
Para os filhotes acolher,
Os Teus altares tenho eu.
3 Homens, mui frágeis quais pardais,
Acham descanso em Teu lar;
Desfrutam o incenso ali
Pois têm o sangue no altar.
4 Tais homens, quão benditos são!
Pois sua força está em Ti,
E em Sião seu coração –
Por tal caminho irão seguir.
5 Indo por vale árido,
O tornam em manancial;
Bênçãos, quais chuvas, vêm ali,
Misericórdia sem igual.
6 De força em força eles vêm,
E Te encontram em Sião;
Sempre buscando a Ti, Senhor,
Cuidado e graça obterão.
7 Melhor um dia em átrios Teus
Do que mil anos a vagar;
Antes à sua porta estar,
Que tendas ímpias habitar.
8 Sol e escudo és, Senhor,
Graça e glória suprirás;
Tua presença, sim, Teu ser
Os meus anseios satisfaz.
9 Tu, bem nenhum retirarás
Do que caminha em retidão;
Bendito quem confia em Ti,
Tem graça e glória qual porção.