1 Eu passei pelo vale da sombra da morte,
O vale de choro e dor;
Mas o Deus que conforta e dá-me consolo
Guardou-me, jamais me deixou.
2 Como a terra precisa do sol e da chuva,
Preciso de gozo e dor,
Pra limpar o meu ouro, meu Deus me coloca
No fogo purificador.
3 E se Ele me leva ao vale de choro,
Eu vejo ali Seu amor;
Pois as provas e dores que Ele envia
Dão graça de grande valor.
4 Sempre fujo da poda e de ser cortado,
Mas sabe o meu Lavrador:
Quanto mais fundo for o Seu corte no ramo,
O fruto vai ter mais dulçor.
5 Ele sabe que das aflições eu preciso,
Pois tem plena, ampla visão,
E no vale escuro conforta, dizendo:
“Verás o que faz Minha mão “.
6 Ao andarmos nos vales escuros da vida
Nós temos o bom amor Seu;
Aprendemos então que as perdas, tristezas
São bênçãos ocultas de Deus.
7 Então vamos segui-Lo aonde levar-nos,
No gozo ou na aflição;
Já provamos que Deus é o Deus que conforta,
Que dá-nos a Sua canção.