1 Só ao perder, um ganho há,
E só a cruz pode salvar;
Um grão precisa enfim morrer,
A fim de muito fruto dar.
Por que ficar sozinho então,
Em vez de se multiplicar?
Por que ficar sozinho então,
Em vez de se multiplicar?
2 Correntes d’ouro ainda são
Correntes de escravidão;
Oh, tudo a que eu me apegar
Enfim se tornará prisão,
Por mais que tenha seu valor,
Ou seja de estimação,
Por mais que tenha seu valor,
Ou seja de estimação.
3 Em todo campo dando flor,
Com frutos cheios de vigor,
Um grão, um dia, já morreu,
A sua cruz alguém tomou;
Alguém orou, chorou, sofreu,
E o inferno enfrentou;
Alguém orou, chorou, sofreu,
E o inferno enfrentou.