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Ó Deus, que planta seca sou


1   Ó Deus, que planta seca sou,
     Não tenho força, nada em mim;
     Inútil, sem poder, vigor,
     Plantaste-me no Teu jardim;
     Eu oro – “Não desistas de mim,
     Me leva, Salvador, ‘té o fim.
 
2   Qual barro do oleiro capaz,
     Me faz um vaso só pra Ti,
     Qual ferro do ferreiro, faz
     Um instrumento Teu aqui;
     Em Tuas mãos me guarda assim,
     E que jamais desistas de mim.”
 
3   Qual rocha dura é meu ser,
     Tem ouro, mas é tão ruim;
     Qual mármore tão rústico,
     Inútil coração assim;
     Eu oro – “Não desistas de mim,
     Com Tua mão me quebra enfim.
 
4   As pedras quebram no pilão,
     Moinhos moem trigo em flor,
     Martelos rompem duro chão,
     As nozes abrem, dão sabor;
     Que Tua mão me quebre, Senhor,
     Que nunca deixe-me Teu amor.”
 
5   Quebrado, eu ainda sou
     Pedaços bons só pra queimar;
     Moído, mas sou sem valor
     Pra o Teu povo alimentar;
     Eu oro – “Não desistas de mim,
     Me capacita pra Te servir.
 
6   Qual fundidor que, com saber,
     De pedras forja o metal,
     Qual fogo que do trigo faz
     Comida rica, sem igual,
     Com fogo purifica meu ser,
     Com Teu amor me vem preencher.”

Categoria: Anelos
Subcategoria: Por Quebrantamento

Letra: Anônimo
Música: Anônimo
Tonalidade: Dó Maior
Métrica: 8.8.8.8.9.9
Ing: 419
Esp: -
Chi: 320
Cor: 419

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